terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ProUni promove salto econômico e social

Ao todo, 73,4% dos universitários que concluíram o ensino superior em 2011 com bolsas integrais ou parciais pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), do Ministério da Educação, aumentaram sua renda individual depois de formados. Os dados são de uma pesquisa realizada pela doutora em educação pela PUC-SP, Fabiana Costa, que concedeu uma entrevista ao Seu Jornal, da TVT.

Dentre os jovens pesquisados, 72% já trabalham na área em que se formaram e 64% estavam contratados com carteira assinada e benefícios trabalhistas. “Houve uma elevação da renda individual, que se reflete na renda da família e na mobilidade social dela”, afirma Fabiana. “Existe a possibilidade de vincular conhecimento teórico com a opção de profissão. Isso amplia o leque de possibilidades e perspectivas dos jovens”.

Os pais de quase todos os jovens ouvidos pela pesquisa (90%) não possuíam diploma universitário, de acordo com o levantamento. “Eles são os primeiros universitários da família. Isso traz uma elevação do conhecimento e uma série de perspectivas e, sem sombra de dúvidas, se reflete na sua inserção no mercado de trabalho”, avalia a especialista.

É o caso da psicóloga Estela Franzin, de 30 anos, que se formou em 2011 com bolsa do Prouni. “Minha mãe era doméstica. Então, eu nunca tive oportunidade de estudar uma língua diferente e fazer uma escola com mais conteúdo”, conta. 

Para Fabiana, histórias como a de Estela trazem uma perspectiva de mobilidade social. “Se não fosse um programa como esse teríamos menos um milhão de jovens graduados hoje. Independente das críticas, ele tem uma relevância social importantíssima”.

O ProUni foi criado em 2004, no governo do então presidente Lula, para oferecer bolsas de estudo integrais ou parciais em universidades particulares a estudantes egressos de escola pública, com renda familiar de até três salários mínimos e que alcançassem pelo menos 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em 2013, mais de um milhão de estudantes se inscreveram para concorrer a uma das 162 mil bolsas de estudo oferecidas pelo Prouni.

TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO:
http://www.ocarcara.com/2013/01/prouni-promove-salto-economico-e-social.html

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Só os royalties podem viabilizar 10% do PIB para a educação, diz ministro

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou no domingo (20), durante congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Recife (PE), que o fluxo de investimento na educação proveniente dos royalties do petróleo seria "fantástico" caso a previsão do governo federal se confirme, e que os recursos do pré-sal são a única fonte de financiamento capaz de viabilizar o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na área da educação.

Segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Educação, a expectativa do governo federal é que a medida provisória que destina à educação 100% dos royalties das futuras concessões de petróleo e gás poderia render ao setor R$ 16 bilhões ainda em 2013.

"Segundo o ministro, os royalties são a única fonte de financiamento realista para viabilizar o investimento de 10% do PIB na educação", diz um comunicado divulgado pelo Ministério da Educação divulgado no domingo. Em outubro, a Câmara dos Deputados aprovou a a aplicação, em até 10 anos, de 10% do PIB na área.

De acordo com a nota, a expectativa do governo federal é que a medida provisória que destina à educação 100% dos royalties das futuras concessões de petróleo e gás renda ao setor R$ 16 bilhões em 2013, volume classificado por Mercadante como "um fluxo de investimento fantástico".

Recursos para chegar aos 10%

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o PNE em 16 de outubro do ano passado. O projeto prevê a aplicação, em até 10 anos, de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da educação. No ano passado, União, estados e municípios aplicaram, juntos, 5,3% do PIB no setor por ano. A proposta inicial do governo era ampliar esse percentual para 7% ao longo dos próximos dez anos.

Como foi votada em caráter conclusivo, a proposta não precisa passar pelo plenário da Câmara e seguirá diretamente para análise no Senado. Se aprovada pelos senadores sem alterações de mérito, o texto vai para sanção presidencial.

Em dezembro,o governo publicou a Medida Provisória 592/2012, que destina à educação os royalties recolhidos em futuros contratos de produção de petróleo sob o regime de concessão. A medida havia sido anunciada no fim de novembro, junto com o teor dos vetos da presidente Dilma Rousseff à lei recém-aprovada pelo Congresso que alterou a distribuição das receitas arrecadadas com a exploração do petróleo.

TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO:

Textos relacionados:
Professores rejeitam nomeação de Cláudia Costin para o MEC

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

PORTUGAL - Acordo Ortográfico


Como falante e escritor da língua portuguesa, o colunista da “Ilustrada” João Pereira Coutinho pede à presidente Dilma Rousseff que rasgue o novo acordo ortográfico. Para ele, esse acordo é fruto do deslumbre de alguns acadêmicos. Se os povos de língua castelhana ou os povos anglo saxônicos não necessitam de um acordo ortográfico para nada, é ridículo que se imponha à língua portuguesa uma uniformização artificial. 

«Foi notícia em Portugal a intenção do governo brasileiro de adiar para 2016 a entrada em vigor do acordo ortográfico. E foi notícia por uma razão básica: é que desde Janeiro deste ano de 2012 que o acordo já vigora oficialmente em Portugal, nas escolas públicas e nos documentos oficiais. Será que o Brasil se prepara para deixar Portugal sozinho na vigência do acordo? Esta pergunta adquire outra relevância quando se sabe que o adiamento no Brasil pode ir até 2018, sem falar dos que defendem, também no Brasil, a elaboração de um novo acordo. Pessoalmente, como falante e escritor da Língua portuguesa, a única coisa que eu esperava da Presidente Dilma Rousseff é que ela rasgasse o acordo; mais importante do que adiar um acordo é rasgar um acordo que ninguém pediu que não faz qualquer falta à Língua portuguesa. Em primeiro lugar, o acordo é o típico produto de acadêmicos deslumbrados que acreditam que a Língua lhes pertence por direito divino. 

Acontece que a Língua não é propriedade de nenhuma comissão de sábios. 

A Língua portuguesa pertence a milhões de seres humanos nos quatro cantos do mundo e as variações fonéticas ou lexicais ou sintáticas, longe de serem um prejuízo para a Língua, são pelo contrário a expressão da sua vitalidade e da sua pluralidade. Se os povos de língua castelhana ou os povos anglo-saxônicos não precisam de um acordo ortográfico para nada, é no mínimo ridículo tentar impor à língua portuguesa uma uniformização totalmente artificial. E artificial porque o Português escrito não pode ser, como pretendem os defensores do acordo, uma mera transcrição fonética ou de pronúncia. 

Existem marcas etimológicas em certas palavras que fazem parte de uma Língua, de um povo, de uma História, de uma pronúncia; sem esta particular sensibilidade para as sensibilidades particulares de cada falante da Língua o acordo não passa de um documento autoritário. Por isso digo com todas as letras: Senhora Presidente Dilma Rousseff, faça um favor à Língua portuguesa e enterre, de uma vez por todas, a loucura do acordo ortográfico. 

Pode ser assim que Portugal siga o bom exemplo do Brasil e deixe a Língua portuguesa em paz. 

João Pereira Coutinho, colunista da “Ilustrada”, de Lisboa para a “rádio Folha”.»

Fonte: ILC contra o Acordo Ortográfico

Texto retirado do JORNAL GAZETA VALEPARAIBANA

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

VIOLÊNCIA & ESCOLAS

Por : Genha Auga - Jornalista MTB: 15.320 

Ultimamente, discute-se muito sobre a violência nas escolas e o papel do educador diante dessa problemática. 

Viemos de um passado violento, cujo regime autoritário e ditador nos mutilaram em todos os aspectos sociais e depois de conquistada a democracia, ainda assim, a sociedade privilegia alguns e outros não e essa desigualdade e individualismo fazem prevalecer a lei do mais forte e a cultura de levar vantagem em tudo. Esse comportamento, tem gerado intolerância e violência. 

As brincadeiras, programas infantis, futebol, noticiários, tudo nos meios de comunicação mostram atos de violência da sociedade em geral. 

Dentro desse contexto e com a ausência dos pais que saem para trabalhar, salvo ainda os que levam a violência dentro dos lares num cotidiano que invade os direitos e proteção às crianças que a família teria como obrigação preservar. 

Reflete nas escolas essa deseducação e desrespeito que, infelizmente, o educador não está preparado para controlar e lidar com essa indisciplina que se instalou dentro das salas de aulas e então munidos de autoritarismo, medem forças com essa violência tratando-os com rispidez como se eles, detentores do poder, pudessem ter atitudes desrespeitosas e constrangedoras para com seus alunos. 

O corporativismo que há entre eles, permite que abandonem suas obrigações para apenas cumprirem presença e, ao invés de empenharem-se para o desenvolvimento de dinâmicas que promovam um melhor entrosamento entre os envolvidos nesse processo que é o da aprendizagem, respeitando a insatisfação deles e assumindo o papel de professor através do diálogo, usando a palavra, sua ferramenta de trabalho, envolvendo também nos projetos educativos, a família e a comunidade. 

Desgastado pela própria condição atual do ensino onde o Estado, incessantemente, vem alterando o currículo escolar mas, sem acompanhamento de sua eficácia, inclinando-se a dados estatísticos que somente demonstra o número de alunos que saem das escolas mas sem a preocupação da formação de caráter, mudanças de hábitos e valores. 

A escola tem reproduzido um modelo onde o professor, pela falta do cumprimento das leis, falta de condições materiais e os baixos salários por parte do governo, vem corrompendo seus valores éticos e morais. Para mudar esse quadro, a relação entre o professor, aluno, gestores, família e comunidades devem ter entrosamento para que, fortalecidos pela união e através da solidariedade, contribuam com o avanço da democracia. 

Como sair desse ciclo que há tempos vem colocando as crianças, jovens e suas famílias, na humilhante condição de vítimas. 

A escola que é um importante espaço onde esse círculo vicioso deveria ser quebrado, no qual o papel do educador é chamar o aluno para si exercendo nele seu dever, lutando para que seja assegurado a ele, seu direito constitucional que é o de aprender, reparando-o da exclusão social. 

O fracasso escolar, embora resultante de uma grande parcela de culpa do próprio Estado, causado pela corrupção, falta de interesse por escolas mais atualizadas, práticas de atividades educativas e incentivo ao corpo docente e discente, proporcionando a todos os envolvidos, uma melhor capacitação. 

Pela falta de comprometimento de tirar o aluno da resignação e apatia e motivá-los a indignação perante a violência que é exercida sobre ele, pelo descaso de dar aos jovens, o poder de raciocinar para que saibam escolher e discernir, sentirem a diferença entre força bruta e gentileza e fazê-los enxergarem que, embora exija dele próprio um maior esforço, isso o tornará capaz de pensar e falar. 

Enquanto o ensino atuar nesse processo de exclusão que faz com que a maioria da juventude não tenha participação política, econômica, social, cultural e pela falta de acesso a verdadeira educação, seguirão para o caminho do crime. 

O professor, coordenador, diretor e demais participantes embora saibam que fazem parte de um sistema onde a vontade política prevalece, não os isenta do dever de por sua opção profissional, levarem esse desafio juramentado, que está em suas mãos a agirem como o bom marinheiro em sua missão que não abandona o barco e sua tripulação, enquanto houver chance de salvar vidas... 

Mesmo que a todos, pareça pura utopia!

Texto retirado no JORNAL GAZETA VALEPARAIBANA