terça-feira, 14 de janeiro de 2014

LIMITANDO A ACESSIBILIDADE

A tecnologia foi modernizando os equipamentos e estruturas utilizadas pela sociedade, mas mesmo assim é cada vez mais difícil para as pessoas, com problemas de alguma deficiência, a vida no dia a dia. Tudo é feito para atender as pessoas que não tenham alguma deficiência. Entre as causas que dificultam, a vida das pessoas com algum tipo de deficiência, podemos citar: valorização do transporte individual, falta de respeito as normas de acessibilidade e também o avanço da tecnologia na área de informática.


Valorização do transporte individual
Se observarmos os projetos e construções das novas vias para tráfego de veículos se nota que são construídas com o intuito de facilitar a vida de quem em carro. O CNT (Código Nacional de Trânsito) prevê que a prioridade é o pedestre e o que se vê no dia a dia é que se dá prioridade aos carros. Basta notarmos que tudo é feito para os carros passarem o mais rápido possível e para os pedestre estão construindo passarelas. O problema é que essas passarelas dificultam a vida dos idosos e pessoas com algum tipo de deficiência e isso é feito na impossibilidade de fazer os motoristas respeitarem as faixas de pedestres.

Esse parte da Avenida Tancredo Neves (Aracaju-SE-Brasil) fica bem em frente ao departamento de transito (DETRAN) e fico imaginando neste local não se conseguia e nem se consegue fazer com que os motoristas respeite a faixa de pedestres que aí existia. Por isso se construiu uma passarela(a foto foi retirada o fotografo estando na passarela).

Falta de respeito às normas de acessibilidade
Na construção dos novos edifícios, praças e ruas é obrigatório, por lei, se criar rampas para dar acesso aos cadeirantes. Mas o que se vê é que mesmo as construções mais novas nem sempre respeitam a construção de rampas e ainda tem o caso daquele hábito dos brasileiros não respeitarem os locais onde existem essas rampas. Mesmo quando existe, é comum os motoristas estacionarem em frente a essas rampas e sem falar que muitas dessas rampas são mal construídas que dificultam o uso

É muito comum o estacionarem impedindo o acesso as rampas

Três exemplos de falta de cumprimentos das normas na construção das rampas para acesso dos cadeirantes. A primeira rampa construída a beira de uma ribanceira, a outra rampa foi construída com um poste de ferro o que a tornou inacessível e o terceiro exemplo tem uma inclinação acentuada acima do normal!!!

Avanço da tenologia na área da comunicação
Desde o surgimento dos telefones os deficientes visuais sempre conseguiram utilizar esses aparelhos pelo tato. Os telefones mais antigos de linha, para se fazer a ligação, tinham um disco na parte superior no qual rodando se ligava (discava) para outro aparelho. Os deficientes visuais conseguiam fazer as ligações facilmente já que os número no disco eram sequências e fixos.

Depois vieram os computadores de mesa e telefones portáteis (celulares) no qual é utilizado um teclado com letras e números. Esses telefones permitem fazer ligação oral ou escrita (envio de mensagens). Não fica tão difícil para os deficientes visuais fazerem ligações, bastando que o mesmo decorarem as posições das letras e números no teclado.

Só que com a modernização dos computadores e fabricação dos novos aparelhos utilizando monitores, que são acionados com toques digitais, a coisa se complicou para esse deficientes. Para complicar ainda mais, os programas que gerenciam esses aparelhos ainda não são detectados pelos antigos programas de leitura de tela e que terão de melhorar a tecnologia para que isso ocorra. Por enquanto, de uma maneira geral, só a grande maioria dos aparelhos telefônicos, tablets e alguns caixas de banco estão vindo com o sistema de operação por toque digital. O problema é que cada vez mais os aparelhos de comunicação estão sendo vendidos com essa telas de toque, com teclado digital, substituindo os aparelhos com teclados físicos que facilitam o uso pelo tato.

Essa tecnologia, que facilita o uso do aparelho por toque digital, torna difícil para uso, deste aparelhos, por parte dos deficientes visuais. Tem o problema de quando não forem mais vendidos aparelhos com teclados físicos e detectáveis pelo tato? 

Algumas versões do sistema l já traz recursos para que o mesmo seja operacionalizado pelo toque usando o recurso de voz, mas a dificuldade ainda são grandes e limitadoras. Claro que irão aparecer programas que irão preencher esta lacuna, mas é bom lembrar que serão pagos e o ideal seria a própria empresa que produz, esses aparelhos, se propusesse a fazer o sistema pensando em resolver este problema. Tanto é que os sistemas operacionais dos computadores de mesa e os chamados portáteis têm de instalar programas adicionais para que os deficientes visuais consigam utilizá-los e a grande maioria são pagos!


Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)